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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Como enfrentar o câncer: Aspectos psicológicos para enfrentamento do câncer

          “O câncer não é apenas uma doença traiçoeira, mas também democrática. Ataca sem preconceito de idade, raça, sexo, religião, classe social, sendo esse também um dos seus aspectos mais perversos, principalmente quando atinge crianças e jovens saudáveis” (Barbosa, 2003, p.17).

          Quando o câncer é diagnosticado em uma pessoa do grupo social do qual pertencemos, normalmente o que ocorre é um afastamento tanto do doente como de seus familiares. O paciente com câncer, em tratamento ou mesmo após receber um diagnóstico favorável, fica estigmatizado pela sociedade, como uma marca que sempre será referenciada quando o citarem (Ribeiro, 1994, apud Carvalho, 1994, p.208).

          O estigma em relação ao câncer é uma realidade, sendo que “a palavra câncer não é pronunciada quando as pessoas referem-se ao doente e à doença” (Ribeiro,1994, apud Carvalho,1994, p.208).

          Para Goffman (1988) o termo estigma é “usado em referência a um atributo profundamente depreciativo” (p.13).

          O estigmatizado passa a ser uma pessoa desacreditada quando o seu problema físico é revelado ou quando é imediatamente evidente. Dessa forma, o estigma fica socialmente caracterizado quando “um indivíduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social quotidiana possui um traço que se pode impor à atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus” (Goffman, 1988, p.14).

          Segundo o mesmo autor, uma pessoa estigmatizada, seja qual for o defeito físico ou doença crônica, terá várias reações perante a sociedade. Poderá tentar provar que seu problema ou doença não o incapacita de viver normalmente como qualquer outra pessoa, mesmo tendo algumas  limitações, dificuldades ou até a necessidade de cuidados especiais.

          Por outro lado, pessoas estigmatizadas também poderão usar o seu estigma para ganhos secundários, como desculpar-se pelos fracassos que obtiveram.

          Há o estigmatizado que “pode, também, ver as privações que sofreu como uma bênção secreta, especialmente devido à crença de que o sofrimento muito pode ensinar a uma pessoa sobre a vida e sobre as outras pessoas” (Goffman, 1988).

          Acreditamos haver o estigma em relação à doença e ao doente quando nos referimos ao câncer onde todos esses aspectos apresentados estão presentes.

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